EXCLUSIVO: Acipg vê com surpresa existência de estudo sobre o Aeroporto Sant’Ana
Entidade considera necessária avaliação técnica do documento para verificar a possibilidade de aproveitamento das indicações
Publicado: 12/02/2025, 11:49
![Para Giorgia Bin Bochenek é importante verificar se há necessidade de refazer o levantamento](https://cdn.arede.info/img/cover/530000/1000x500/Giorgia-Bin-Bochenek-2024-1024x683_00534648_0_202408191444.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.arede.info%2Fimg%2Fcover%2F530000%2FGiorgia-Bin-Bochenek-2024-1024x683_00534648_0_202408191444.jpg%3Fxid%3D1945708%26resize%3D1000%252C500%26t%3D1739395662&xid=1945708)
A Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa (Acipg) reagiu com surpresa ao saber da existência de um estudo técnico de viabilidade (EVT) sobre o Aeroporto Sant’Ana feito em 2014. A entidade está entre as lideranças presentes na reunião que discutiu o futuro do aeródromo, oportunidade em sugeriu a realização de um levantamento para ampliação da pista de pouso e decolagem.
A reportagem do Portal aRede e do Jornal da Manhã teve acesso ao documento contratado pela Secretaria Nacional de Aviação Civil (SAC) e executado pelo consórcio IQS Engenharia e PJJ Malucelli Arquitetura. Com investimento de cerca de R$ 30 milhões, a pesquisa técnica foi realizada em 59 aeroportos, a partir do “Programa de Investimento em Logística: Aeroportos”, do Governo Federal.
Giorgia Bin Bochenek, presidente da Acipg, afirma que desconhecia o estudo e que foi informada sobre a existência dele através do contato da reportagem. “Ainda não tive tempo de ler o documento e não possuo expertise para isso. É necessário que uma equipe técnica avalie se é possível aproveitar algo”, considera.
Bochenek aponta que, diante de uma possível evolução tecnológica na aviação desde a realização do EVT, é importante verificar se há necessidade de refazer o levantamento. “São mais de 10 anos. Pode ser que já existam coisas mais modernas. Às vezes, os responsáveis contemplaram um cenário que hoje pode ser totalmente diferente”, aponta.
ENCONTRO - A reportagem apurou que a Acipg se reuniu com o comandante Clairton Hammer, um dos consultores que integrou a equipe responsável pela execução do estudo de 2014. De acordo com a presidente, o convite se deu por conta dos serviços de consultoria prestados pelo profissional em diferentes aeroportos.
Bochenek afirma que o encontro teve caráter orientativo e debateu o passo a passo para realização de um estudo técnico e quanto isso poderia custar. Ela lembra que, durante a reunião entre lideranças na semana passada, projetou-se que o estudo deveria custar entre R$ 1 mi e R$ 1,5 mi
“Convidamos o Hammer para entender o que precisa ser feito, já que essa não é a nossa área. Não era uma proposta e nada foi formalizado até o momento”, esclarece. “A conversa ajudou a esclarecer, por exemplo, que é necessário fazer o estudo antes do projeto da pista, para ter ideia dos impactos ambientais e sociais na região, além de avaliar como é possível fazer a expansão”, complementa.
Ao ser questionada se Hammer mencionou o EVT feito em 2014 durante o encontro, a presidente da Acipg diz que não se lembra de nenhuma menção, mas reforça que se ausentou de parte da reunião por conta da discussão de detalhes técnicos.
Giorgia ainda disse à reportagem sobre a sugestão da possibilidade de conversar com empreendimentos locais para arrecadação de recursos necessários para custeio do estudo técnico. Até o momento, a Acipg reuniu os contatos de quatro empresas que prestam esse tipo de serviço.
Por outro lado, diante da existência do EVT contratado pela SAC em 2014, a presidente reforça a necessidade de verificar se é possível utilizar algo indicado no levantamento. “Se for possível aproveitar, talvez o custo seja bem menor. É preciso analisar esse novo cenário que surge a partir desse documento prévio”, finaliza.